O Absolutismo Régio instalou-se nos países da Europa durante o Antigo Regime, sendo possível nomear alguns dos representantes deste sistema político e administrativo - Henrique VIII e Isabel I na Inglaterra, D. Fernando e D.Isabel em Espanha, D. Luís XV na França e D. Pedro II e D. João V - e alguns teóricos absolutistas que defendiam este poder absoluto: Nicolau Maquiavel na Itália, Hugo Grotius na Holanda, Thomas Hobbes na Inglaterra e Jean Bodin e Bossuet na França.
Este poder supremo baseava-se na concentração de todos os poderes e funções do Estado num rei que seria independente, o orgão máximo do reino e o representante de Deus na Terra. O seu poder era então divino pois lhe tinha sido conferido por Deus logo, só este tinha o direito de lho retirar. Mesmo o rei ser rei por heriditariedade, a ideia de poder divino estava presente pois desta forma, o rei conseguiria ser respeitado por todos os membros do seu reino. O soberano era também reconhecido por possuir os poderes paternal pois era encarado como um pai, um salvador, absoluto por reunir todos os poderes em si próprio e racional por agir consoante a sua inteligência. Só desta forma e após o respeito e obediência perante o rei é que se instalaria-se um clima de paz e se asseguraria um governo forte e bem organizado.
Nesta época a sociedade estava hierarquizada sendo denominada uma sociedade de ordens. A 1ª ordem ou estado era o clero que estava sempre perto do rei, dividida no baixo clero e no alto clero, cada um com os direitos e obrigações. O 2º estado era a nobreza, existindo a nobreza de espada e a de toga e o 3ª estado era o povo, o grupo mais pobre e que mais impostos pagava às outras ordens.
Apesar de todos os privilégios que o rei possuia, este também tinha algumas limitações que tinham obrigatoriamente de ser respeitadas: era proibido retirar aos membros do reino os seus bens, desrespeitar as suas leis e ainda era obrigatório respeitar a lei sálica, que visava a sucessão do filho varão mais velho ao trono e os acordos já assinados antes do reinado em causa.
Após todas estas condições que o rei tinha, este tinha que passar uma imagem de herói, encenando assim o seu poder. Luís XIV de França, o Rei Sol, por exemplo mandou construir o Palácio de Versalhes de forma a engrandecer a sua pessoa e a imortalizar o seu reinado. A maneira de estar, a riqueza das roupas e trajes por exemplo, eram a grande referência de distinção dos diferentes membros da sociedade logo todos se deveriam dirigir aos próximos consoante a sua posição social distinguida muito facilmente, como já referi anteriormente. Então o rei, sempre que aparecia num determinado sítio, era logo saudado e agradado por todos visto que ninguém quereria deixar mal o seu soberano pois este lhes conferia segurança e paz.
Em suma, toda a vida no reino era encenada e baseava-se principalmente em interesses. Todos agiam para conseguirem adquirir o que pretendiam e faziam de tudo para agradar ao rei. Esta sociedade de ordens, instalou-se então e fez com que o rei se tornasse a figura principal do reino, o orgão máximo do poder e o representante de Deus na Terra, conseguindo desta forma reunir em si todas as funções: julgar, legislar e tratar de defender e administrar o seu reino.
|
D. Isabel I |
|
Henrique VIII |
|
D. Luís XV |