Este blog foi-nos proposto no âmbito da disciplina História A, durante o ano lectivo 2010/2011. Aqui, esperamos tratar três temas do nosso especial agrado, sendo eles "O absolutismo régio", "O Iluminismo" e "A expansão da Revolução Industrial". Esperamos que gostem. Diana Malta e Maria João Borges







domingo, 15 de maio de 2011

Evolução democrática, nacionalismo e imperialismo - Unidade 3 , módulo 6

      Com a segunda revolução industrial, iniciada na segunda metade do século XIX, as potências industrializadas da Europa sentiram necessidade de expandir os seus territórios para continuarem o seu desenvolvimento económico.
       Para isso, Otto Von Bismarck (fig. 1 - 1º ministro do Império Alemão) convocou a Conferência de Berlim entre 1884  e 1885.
<><><><><><><><> <> <> <> <><> <><> <><><><> <> <> <> <><> <><> <><><><> <><><>
fig.1

     Com o objectivo de dividir África entre essas mesmas potências (Alemanha, Inglaterra, Bélgica e França), a conferência realizou-se. Portugal, que não era uma potência industrializada, também esteve presente contudo por motivos diferentes: por direitos históricos.
       Nesta conferência é também decretado o direito da Ocupação Efectiva , isto é: os territórios só seriam entregues a quem possuísse meios para o desenvolver. Assim, e como podemos visualizar no mapa (fig.2), a Inglaterra fica com os benefícios e Portugal, logicamente, sai prejudicado pois não tinha dinheiro, muito menos prestigio para poder negociar. Estas potências queriam as colónias por vários motivos: economicamente, a mão-de-obra era mais barata, pois apesar de, na Europa, haver muita população, os sindicatos protegiam os trabalhadores e estes nao aceitavam trabalhar por qualquer salário e horas. Para além disso, também queriam explorar para obter matérias primas e ainda podiam criar mercados, pois na Europa havia muita concorrência. Para além dos motivos económicos, queriam ainda ensinar as populações das colónias para as servir. Convinha ainda pois na mentalidade dos Europeus, quem tem mais território, é o maior e todos tinham essa ambição.

<><><><><><><><> <> <> <> <><> <><> <><><><> <> <> <> <><> <><> <><><><> <><><>
fig.2


       Como a Inglaterra conseguiu a maioria dos territórios africanos, Cecil Rhodes propôs uma linha férrea em 1890 que fosse do Cairo ao Cabo, porém havia um inconveniente: Portugal tinha um território a meio, o Chile por isso, a Inglaterra mandou um Ultimato a Portugal (Ultimato Inglês) que decretava que se Portugal não cedesse o Chile, esta seria obrigada a mandar os navios que tinha na Costa avançar e atacar Lisboa. Portugal foi então obrigado a ceder, pois estava dependente da Inglaterra. O Chile passou a chamar-se Rodésia.
        Nesta Europa que ambicionava então um desenvolvimento progressivo e onde havia prevalecido o liberalismo, surgem também transformações, mas a nível político.

           O demo-liberalismo surge, como se fosse feito um upgrade ao liberalismo com vista a um aperfeiçoamento que procurava o aumento do número de aderentes e neste contexto, as antigas monarquias por monarquias constitucionais e repúblicas. Na Alemanha, Áustrio-Hungria. Rússia e no Império Otomano os regimes autocráticos prevalecem. Assim, na faixa ocidental, era mais comum o liberalismo enquanto que na faixa central e de leste, era mais fácil encontrarmos regimes autoritários. Como representantes do poder absoluto, recorrentes à violência, podemos salientar Guilherme II (fig.3), o Imperador Francisco Fernando (fig.4) e o Czar Nicolau II (fig.5)
<><><><><><><><> <> <> <> <><> <><> <><><><> <> <> <> <><> <><> <><><><> <><><>
fig.3


<><><><><><><><> <> <> <> <><> <><> <><><><> <> <> <> <><> <><> <><><><> <><><>
fig.4
<><><><><><><><> <> <> <> <><> <><> <><><><> <> <> <> <><> <><> <><><><> <><><>
fig.5


     Com este demo-liberalismo surgiu o sufrágio universal. Anteriormente, vigorava o sufrágio censitário que declarava que só poderia votar quem possuísse meios económicos (riqueza) suficiente para se considerar aceitável e títulos. Com o surgimento deste novo sistema de voto, (quase) todos podiam votar desde que tivessem mais de 25 anos, passando depois a 21 anos. Assim, o voto já não estava tão severamente restringido apesar de se continuarem a excluir as crianças, as mulheres, os negros e os analfabetos.


fonte: apontamentos das aulas, manual de história

segunda-feira, 21 de março de 2011

Evolução da Primeira para a Segunda Revolução Industrial

 No séc.XIX houve uma necessidade de mudança aperfeiçoando e criando novas técnicas e fábricas de trabalho para o desenvolvimento da economia, aumentando a produção com o menor custo possível.
Esta mudança iniciou-se em Inglaterra, ainda em meados do séc.XVIII expandindo-se depois para outros lugares.


                 Séc. XVIII                              Séc. XIX
            Manufactura (antes) ----------> Maquinofactura (depois)
                               Oficina ----------> Fábrica
                            Artesãos --- ------>Operários
Água, força muscular, vento ---------->Carvão, petróleo, electricidade
                       Ferramentas ----------> Máquinas
                  Baixa produção ----------> Alta produção
                    Alta qualidade ----------> Baixa qualidade

O Absolutismo Régio

O Absolutismo Régio instalou-se nos países da Europa durante o Antigo Regime, sendo possível nomear alguns dos representantes deste sistema político e administrativo - Henrique VIII e Isabel I na Inglaterra, D. Fernando e D.Isabel em Espanha, D. Luís XV na França e D. Pedro II e D. João V - e alguns teóricos absolutistas que defendiam este poder absoluto: Nicolau Maquiavel na Itália, Hugo Grotius na Holanda, Thomas Hobbes na Inglaterra e Jean Bodin e Bossuet na França. 

Este poder supremo baseava-se na concentração de todos os poderes e funções do Estado num rei que seria independente, o orgão máximo do reino e o representante de Deus na Terra. O seu poder era então divino pois lhe tinha sido conferido por Deus logo, só este tinha o direito de lho retirar. Mesmo o rei ser rei por heriditariedade, a ideia de poder divino estava presente pois desta forma, o rei conseguiria ser respeitado por todos os membros do seu reino. O soberano era também reconhecido por possuir os poderes paternal pois era encarado como um pai, um salvador, absoluto por reunir todos os poderes em si próprio e racional por agir consoante a sua inteligência. Só desta forma e após o respeito e obediência perante o rei é que se instalaria-se um clima de paz e se asseguraria um governo forte e bem organizado.

Nesta época a sociedade estava hierarquizada sendo denominada uma sociedade de ordens. A 1ª ordem ou estado era o clero que estava sempre perto do rei, dividida no baixo clero e no alto clero, cada um com os direitos e obrigações. O 2º estado era a nobreza, existindo a nobreza de espada e a de toga e o 3ª estado era o povo, o grupo mais pobre e que mais impostos pagava às outras ordens.

Apesar de todos os privilégios que o rei possuia, este também tinha algumas limitações que tinham obrigatoriamente de ser respeitadas: era proibido retirar aos membros do reino os seus bens, desrespeitar as suas leis e ainda era obrigatório respeitar a lei sálica, que visava a sucessão do filho varão mais velho ao trono e os acordos já assinados antes do reinado em causa.

Após todas estas condições que o rei tinha, este tinha que passar uma imagem de herói, encenando assim o seu poder. Luís XIV de França, o Rei Sol, por exemplo mandou construir o Palácio de Versalhes de forma a engrandecer a sua pessoa e a imortalizar o seu reinado. A maneira de estar, a riqueza das roupas e trajes por exemplo, eram a grande referência de distinção dos diferentes membros da sociedade logo todos se deveriam dirigir aos próximos consoante a sua posição social distinguida muito facilmente, como já referi anteriormente. Então o rei, sempre que aparecia num determinado sítio, era logo saudado e agradado por todos visto que ninguém quereria deixar mal o seu soberano pois este lhes conferia segurança e paz.

Em suma, toda a vida no reino era encenada e baseava-se principalmente em interesses. Todos agiam para conseguirem adquirir o que pretendiam e faziam de tudo para agradar ao rei. Esta sociedade de ordens, instalou-se então e fez com que o rei se tornasse a figura principal do reino, o orgão máximo do poder e o representante de Deus na Terra, conseguindo desta forma reunir em si todas as funções: julgar, legislar e tratar de defender e administrar o seu reino.

D. Isabel I

Henrique VIII


D. Luís XV